sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O Profeta

Cruzmaltinos desse planeta,

em 31 de maio desse ano, escrevi uma coluna sobre a chegada de Zico ao Flamengo e comparando sua função simbólica à de Roberto Dinamite. Esse texto, de 4 meses atrás, faz várias profecias. A mais importante eu reproduzo abaixo:

Há mais ou menos dois meses, vi uma entrevista de Zico dizendo que jamais seria técnico no Brasil, para não correr o risco de enfrentar o clube da Gávea. Ok. Respeito. Mas perguntado se treinaria o próprio Urubu, foi covarde e disse que jamais assumiria nenhum cargo no Clube pois não queria ver a mulambada o xingando de burro. Parece que a coragem voltou e o camisa 10 da Gávea repensou essa decisão. Mas ele que não se engane. Será xingado de burro e não vai demorar muito. Pois se em campo ele só dependia de si, na "cartolagem" vai responder pelas cagadas de muita gente.

Pois, o tempo me deu razão. Denúncias de corrupção e críticas apareceram e a coragem do Galinho parece ter se esvaído mais uma vez. Deixa o Flamengo bagunçado e a 3 pontos da zona de rebaixamento. Quando a coisa ficou realmente preta, o ídolo do império do mal pulou fora. Preferiu preservar sua imagem como ídolo do que tentar salvar seu clube. Coloca a culpa num ex-integrante de torcida organizada que virou diretor. Diz que "o Flamengo atual morreu em seu coração", fingindo que não foi ele quem trouxe craques como Val Baiano, Borja e Leandro Amaral. Boa parte da torcida flamenguista acreditará nisso - eles nunca foram conhecidos pela inteligência mesmo... - e Zico continuará ídolo, a despeito da situação caótica do clube.

E o que nós, vascaínos, temos com essa história toda? Esse caso todo serve como mais um parâmetro pra analisarmos a postura de nosso presidente Roberto Dinamite. Há três anos, quando Roberto assumiu, o Vasco mergulhava em uma de suas maiores crises, que culminaria com o fatídico rebaixamento. Muitos em seu lugar nem dariam a cara a bater. Outros criariam uma situação e sairiam de fininho. Roberto encarou de frente. Montou a equipe, passou pela segunda divisão de forma vitoriosa e ainda está no Vasco. Se ainda não tivemos as conquistas prometidas (e que merecemos), serve de alento saber que o time está no caminho certo. Temos o melhor time desde a máquina de 2000, e tenho a convicção de que comemoraremos em breve.
Por outro lado, há três anos, o nome de Roberto Dinamite era uma unanimidade entre os torcedores. Considerado o maior ídolo da história da Colina, Dinamite era um deus vivo do futebol, daqueles que causava brigas se alguém ousasse criticá-lo. Hoje, envolvido na política do clube, Roberto é bombardeado até dentro do próprio Vasco. Mas segue no cargo. Prefere ser mortal, falível e alvo de críticas - justas e injustas - do que abandonar o timão da nau vascaína nas mãos de escroques como os que o antecederam na presidência. Assim, quatro meses depois, repito a frase que encerrou o texto daquele 31 de maio:

Tem que ser muito homem pra botar seu nome pra se xingado pela torcida. Liderar nas vitórias é ótimo, e fácil. Se sacrificar pela causa é que faz o herói.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Agora sim...

Cruzmaltinos desse planeta,

sei que vos abandonei, mas foi por uma boa causa. Havia feito uma promessa que só escreveria novamente nesse blog quando o Vasco desencantasse. E finalmente aconteceu. E logo contra a pivetada mal educada da Vila Belmiro. Uma vitória maiúscula, que poderia ter sido mais folgada ainda caso o time conseguisse aproveitar melhor as oportunidades que cria ao longo da partida. Já tava dando agonia a sina dos empates, das derrotas por vacilo como contra o Inter e o Guarani. Ainda não fomos 100%. Tomamos um gol num vacilo de Cesinha, substituto do mito Dedê. Zé Roberto foi uma nulidade, mais atrapalhou do que ajudou, como no jogo contra o Guarani e contra a cachorrada.
Mas vencemos. E contra o time daquele moleque mimado que botou na cabeça que é craque. Neymar fez hoje o que sabe fazer de melhor: firula, mergulho na grama e cara de "magoei". Até quando a imprensa vai ficar dando trela pra esse moleque?
Enfim, o importante é usar essa vitória pra embalar. Chegamos aos 25 jogos com 33 pontos. Temos tudo pra vencer o Goiás e somar 36 em 26 rodadas, somente 2 pontos a menos que o Império do Mal tinha no ano passado à essa altura do campeonato, como nos mostrou o tricolor Felipe... Não podemos vacilar, temos que acreditar...

..

A coluna de hoje é escrita com grande pesar pela contusão de nosso cão de guarda Zidanilton. O dono da camisa 5 vai fazer muita falta no time. Para nosso alento, o volante Jumar entrou jogando muito hoje. Se o juiz não tivesse caído na onda do cai-cai da baixada, teriamos O Sombra em campo na sexta... Retorna logo, Guardião!


domingo, 26 de setembro de 2010

A volta de Jobson e Marcelo Cordeiro

Caros Alvinegros,

Hoje é dia de comemorar. Sim, comemorar a vitória: da raça, da superação e da volta de Jobson e Marcelo Cordeiro. Temos facilidade em vencer "Atléticos", seja o do Paraná, de Minas ou de Goiás. Somos especialistas.

Os dois jogadores voltam à equipe após afastamento por delicadas lesões. Jobson não poderia voltar em melhor hora, já que Loco Abreu está suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo e Marcelo Cordeiro volta pra cumprir a função que só ele pode, já que é o único lateral esquerdo da equipe.

O Fogão está muito desfalcado mas estou certo de que dá pra vencer. Alguns reservas tem aparecido bem nos últimos jogos, como Edno e Renato Cajá, e são fundamentais nesse momento.

É hora de dar força pro "Maestro" Lúcio Flavio e confiar no seu toque de bola e cobranças de falta. É provável que, até o fim do campeonato, seja ele o responsável por conduzir o time como nos velhor tempos, quando se destacava pelo toque diferenciado.

É hora também de fazer gols, muitos, e dedicar ao Maicosuel, que ficará entre 6 e 8 meses afastado por uma fatalidade, uma lesão no joelho esquerdo. Outros muitos gols merecem ser dedicados ao Jefferson, arqueiro de confiança do Técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes.

Precisamos aproveitar a derrota do Cruzeiro para o Santos e tirar a diferença. Vamos voltar, aos poucos, para o lugar onde merecemos estar: o topo!